domingo, 27 de maio de 2012

Mutilação Genital: Cultura ou crueldade?


Daniellen Oliveira

 

A prática da mutilação genital está enraizada na cultura de países da África e do oriente médio há milhares de anos. A idade e a maneira que ela é feita pode variar de acordo com a região, mas geralmente a mutilação ocorre entre três e onze anos, podendo ser removida a ponta do clitóris, o clitóris inteiro, a remoção de todo tecido em volta, ou até a infibulação (costurar uma parte da vagina para a abertura ficar menor).

Além do trauma físico e psicológico que as meninas são submetidas, os materiais utilizados como facas, lâminas de barbear e pedaços de vidros muitas vezes são usados por varias pessoas, aumentando o risco de doenças como a hepatite e o HIV. Esse procedimento pode envolver tanto uma menina quanto várias, como se fosse um evento. Estima-se que mais de 150 milhões de meninas e tenham sofrido mutilação genital em todo o mundo.

Os médicos e enfermeiros da medicina ocidental raramente praticam MGF, normalmente isso é feito por pessoas sem qualquer tipo de preparo, aumentando o risco de infecções. Por mais terrível que isso pareça as famílias fazem isso com as mulheres, pois correm o risco de nunca casarem a filha e acabarem perdendo o dote.Isso não ocorre apenas na África e no oriente médio, descendentes que moram em outros lugares do mundo muitas vezes viajam até a cidade natal  junto com as filhas para fazer a MGF.

São vários os motivos que levam a essa prática, seja para manter a assepsia ou tirar o desejo sexual, mantendo assim a mulher fiel ao marido.

Seja qual for os motivos dessa prática, é preciso ver até que ponto a sociedade deve aceitar uma cultura que agride brutalmente as mulheres.

Objetos utilizados para fazer a MGF

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